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Ócios do ofício

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 24 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

E antes que alguém me corrija dizendo que são "ossos do ofício", gostaria de falar, hoje, sobre a ociosidade. Encontrei um texto curioso em Jeremias que nos leva a pensar.


Jeremias 30:6 → "Pergunte e veja: pode um homem dar à luz? Por que vejo, então, todos os homens com as mãos no estômago, como uma mulher em trabalho de parto?"


Certas situações na vida aparentemente nos obrigam à ociosidade. O povo de Israel foi tão desobediente a Deus, desprezando o relacionamento pessoal com Ele, desobedecendo Sua Palavra e Suas instruções, que Deus permitiu que todo o restante do povo escolhido fosse levado para o exílio na Babilônia, onde passaram cerca de setenta anos. A vida de uma geração inteira. Como povo cativo, não tinham terras próprias, muitos não podiam trabalhar. Outros tiveram melhor oportunidade e alcançaram até posições importantes, como Ester, Mardoqueu e Daniel. Sem a motivação da recompensa, do fruto do trabalho, os homens de Israel estavam sentados com as mãos na barriga, sem procurar o que fazer.


Podemos pecar por ação, mas muitas vezes pecamos por omissão.


Homero, em A Ilíada, descreveu a situação com muita atualidade:

"Mas onde gastaríamos o excesso de tempo:

No ócio, enquanto a batalha ruge ao redor?

Repreender é pouco. No lazer lançamos

Escárnios uns contra os outros, até que um navio que precisa

De cem remos para operar, afunde sob o peso da carga."


Muitos estão sem saber o que fazer com o excesso de tempo que agora têm. Passaram a vida reclamando que não tinham tempo para nada e por isso não se desenvolviam. Quando têm tempo de sobra, fazem o que não deviam. Como gastar o tempo?, pergunta o poeta, no ócio enquanto a batalha ruge ao redor? Não existe mesmo uma batalha tremenda acontecendo no mundo? Várias nações experimentam os extremos de uma guerra: toque de recolher, governos autoritários prendendo e mandando prender, decisões mal tomadas, batalhas vencidas por erro de estratégia. Milhares de vítimas mortas e milhões de amedrontados. Outras pessoas, têm lutas em casa, lançando-se em repreensões e escárnios uns contra os outros, sem saber como gerir essas férias sem fim. Como escreveu Lord Chesterfield em Cartas, "A ociosidade é o refúgio das mentes fracas, o feriado dos insensatos". E o "navio que precisa de cem remos para operar, afunda sob o peso da carga".


Nosso exílio na "pandelônia" tem características semelhantes. "Estamos todos no mesmo barco" é uma expressão válida para todos no mundo. Quantos remos são necessários para operar o barco em que você e sua família estão? Em nosso isolamento, cada lar está num bote separado e o pior a fazer é não fazer nada, como conta Jesus em uma de Suas parábolas: "Saindo por volta das cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?" (Mateus 20:6).


Como se não bastasse-nos o mal que podemos causar a nós mesmos, o autor de hinos, Isaque Watts, bem disse: "Pois Satanás ainda encontra malefícios para serem feitos pelas mãos ociosas." (Divine Songs). Não é mesmo?


Ontem foi domingo, dia de descanso, e a mensagem foi um afago, mas não podemos ficar parados o tempo todo. Portanto, ocupe-se! Excelente remédio para a depressão e a tristeza, canalizando a ansiedade para algo produtivo. Nada de ficar com as mão na barriga esperando um parto que não vem. Invente o que fazer. Hoje, você aprende o que quiser pela Internet, de graça, tudo filmado e ilustrado. Procure uma novidade para o almoço ou para o lanche da tarde e surpreenda sua esposa fazendo-a você mesmo. Estude o que sempre quis e nunca pôde. Leia mais, especialmente a Palavra de Deus.


Paulo nos diz em Romanos 12:11: "Não sejais remissos". Remisso traduz o sentido grego de "lento, indolente, para trás". Afinal, é para a frente que se anda. Não devemos ser preguiçosos em nossas atividades e em nosso desenvolvimento espiritual. Na Bíblia A Mensagem, o texto fica mais interessante: "Não se deixem esgotar: mantenham-se animados e dispostos. Sejam servos vigilantes do Senhor, com uma expectativa alegre. Não desistam em tempos difíceis, mas orem com fervor." (Romanos 12:11-13 ).


Vamos aproveitar cada frase, como bons entendedores:

- Não se deixe esgotar. Renove suas forças em Deus.

- Mantenha-se animado e disposto. Faça algo útil e faça-o de boa vontade.

- Seja um servo vigilante. A batalha continua e vai demorar. Mas,

- mantenha uma expectativa alegre.

- Não desista em tempos difíceis. Não jogue a toalha.

- Ore com fervor. Confie em Deus e espere nEle, só Ele nos dá "uma expectativa alegre" porque promete nos ajudar. Converse mais com o Pai que lhe dá atenção exclusiva 24 horas por dia, sete dias por semana.


Com carinho,

Pr. Manga




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