top of page

Tempestades

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 25 de jun. de 2020
  • 4 min de leitura

Não há quem não tenha alguma vez perguntado: "Por que Deus permite as tempestades, terremotos, tsunamis, enchentes, vulcões, furações e tornados?" ou "'Se Deus é bom', por que não impede que isso aconteça e que vidas sejam poupadas?". Se entendermos o propósito de Deus, a vida fica mais fácil de atravessar. A palavra de Deus responde.


O texto de hoje está em *Jó 36:33 e 37:1-7*.

33Seu trovão anuncia a tempestade que está a caminho; até o gado a pressente. 1"Diante disso o meu coração bate aceleradamente e salta do seu lugar. 2Ouça! Escute o estrondo da sua voz, o trovejar da sua boca. 3Ele solta os seus relâmpagos por baixo de toda a extensão do céu e os manda para os confins da terra. 4Depois vem o som do seu grande estrondo: ele troveja com sua majestosa voz. Quando a sua voz ressoa, nada o faz recuar. 5A voz de Deus troveja maravilhosamente; ele faz coisas grandiosas, acima do nosso entendimento. 6Ele diz à neve: ‘Caia sobre a terra’, e à chuva: ‘Seja um forte aguaceiro’.

Terrível!


E quando a desgraça não acontece sobre todos, mas afeta um indivíduo só, ele pergunta: "Por que eu?".


A resposta fica mais difícil diante da imaturidade espiritual que pode prejudicar até os cristãos. Nossa vontade, melhor, nossa fé parece ter criado a ilusão de que não estamos mais sujeitos aos problemas do mundo, que as coisas ruins vão acontecer somente com quem não é povo de Deus ou com os que são inegavelmente maus, o que complementa a pergunta "Por que eu?" com outra pergunta: "Tem tanta gente ruim por aí, por que eu?". O complemento solidifica o ponto: a pessoa se vê como melhor do que as dignas de castigo e, portanto, deveria estar isenta de sofrimento.


Gostaríamos de ter um Deus feito gênio da lâmpada, um _Aladeus_, para ser convocado a qualquer momento para nos livrar do perigo ou satisfazer desejos sem fim. Queremos um Deus que gire em torno de nós, quando precisarmos dEle. Até Jó quis tirar satisfações com Deus, desafiando o Criador a responder à criatura, ainda que sem jamais negar a soberania do Eterno. Chega Eliú, o quarto amigo de Jó, e dá a explicação que lemos no texto bíblico de hoje:

→ Todos têm medo dos trovões acima dos decibéis normais. Trovão anuncia tempestade, quando ainda está longe, e causa mais temor quando está bem acima de nós: "o meu coração bate aceleradamente e salta do seu lugar".

→ Os trovões são de Deus (Seu trovão), assim como os relâmpagos rasgando o céu (Ele solta seus relâmpagos).

→ O estrondo majestoso é a voz de Deus, que troveja maravilhosamente.

→ Deus faz coisas grandiosas que não podemos entender, mandando neve e aguaceiro. Para muitos, apenas fenômenos da natureza, até que doa na própria pele, até a casa cair, ou perder-se bens e entes queridos e chegarmos à constatação de nossa impotência.


Eu não li o versículo sete propositalmente. Ele diz assim: "Assim, torna Ele inativas as mãos de todos os homens, para que reconheçam as obras dEle." Jó 37:7.


Se pudéssemos, gostaríamos de viver independentemente de Deus, como bem entendermos e depois disso, já que temos que morrer, simplesmente a vida cessar e nós desaparecermos. Mas não é assim. Fomos criados. E o Criador quer abrir nossos olhos para esta especial realidade: há mais vida depois desta vida.


Deus torna inativa as mãos de *todos* os homens. Caso contrário, em sua arrogância, a humanidade seguiria pensando errado, prepotente e inconsequente. Deus age assim para que os homens _reconheçam as obras dEle_, reconheçam que Ele é Deus. Deus não é fruto da imaginação do homem, mas o homem é fruto da criatividade de Deus. Reconhecer Deus implica em voltar para Ele.


Todas as gerações humanas enfrentaram tempestades em seu tempo com o mesmo propósito. Deus só tem um propósito para a humanidade: que O reconheçam e O conheçam pessoalmente. Quem está errado é o homem. Sempre foi assim. O Salmista também declara:

Como o fogo devora um bosque e a chama abrasa os montes, 15 assim, persegue-os com a Tua tempestade e amedronta-os com o Teu vendaval. 16 Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o Teu nome, SENHOR. 17 Sejam envergonhados e confundidos perpetuamente; perturbem-se e pereçam. 18 E reconhecerão que só Tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra (Salmos 83:14-18).


E os filhos de Deus, por que também sofrem? Porque Deus também não gira ao redor dos Seus filhos. Fomos salvos e regenerados para continuar servindo o propósito de Deus. Podemos perder tudo, mas sabemos que não fomos abandonados. Sofremos as consequências do pecado da humanidade, assim com Seu Filho Jesus, até hoje inocentemente crucificado pelos que não querem saber de Deus. Somos os porta-vozes de Deus, mensageiros ou, nas palavras de Paulo, embaixadores de Cristo (2Cor.5:20). Somos imperfeitos em nós mesmos, mas perfeitos para o propósito divino: anunciar as boas novas de que existe vida depois desta vida e é muito melhor. Se morrermos nas tempestades apenas somos elevados à vida Eterna. Não há perda. Só saudade para quem fica. Não desejamos e não temos prazer nas dores e tormentas. Sofremos com elas e sofremos por causa das pessoas que sofrem, mas temos consolo e ajuda em Deus. Ele cuida de nós, nos dá roupa, teto e alimento diário para que O sirvamos. Ele cuida de nossas feridas, nos restaura e nos fortalece, não para sermos mimados (Deus é um Pai amoroso!), mas para voltarmos a luta.


Difícil, não? Realmente gostaríamos que fosse diferente. Mas ninguém seria salvo de seu pecado e de ignorar Seu Criador.


E, assim, vivemos um dia de cada vez. Que todos ouçam a voz de Deus chamando-os para a vida com Ele.


Com carinho,

Pr. Manga.



Comments


Formulário de Assinatura

  • instagram

©2020 por JUBCor. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page