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Quem será o seu advogado?

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 9 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Se você sobreviver ao próximo parágrafo, poderá colher as bênçãos da mensagem de hoje.


Há momentos na vida em que necessitamos de que alguém saia em nossa defesa. O que fazer quando os nossos representantes não nos representam? Temos um Congresso e um Senado eleitos por um povo despreparado. Não falo de você nem de mim. Somos uma fração muito pequena do universo eleitoral, já que de cada quatro alfabetizados portadores de título de eleitor, somente um entende o que lê. Independentemente de nossa posição política, a realidade é que os nossos eleitos representantes não representam os interesses do povo. Isso não é novidade. Há pouco escrevi sobre um texto de Sofonias, 600 anos AC, descrevendo o triste cenário político de seu tempo. Hoje, outro profeta traz o passado para abrir os nossos olhos para o futuro.


Miquéias 7:3 → Com as mãos prontas para fazer o mal, o governante exige presentes, o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto.


Que Deus tenha misericórdia de nós.


Miquéias nasceu no ano 740 AC, décadas antes de Sofonias. Suas palavras, ainda que falem dos políticos de seu tempo, não estão a falar de política. Nem eu vou por essa linha. Como pastor, meu interesse é apontar para Aquele que governa sem política.


A pergunta é: "quem vai defender os nossos interesses?". Não devemos nos esquecer jamais de que a corrupção do homem não é invenção brasileira. No Brasil, o que acontece é que o nível de concentração de corruptos é bem acima da média. Como disse o profeta, "os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto". Brasília não é exceção. No todo, não querem o que nós queremos. Nós ficamos com as migalhas.


Entretanto, o profeta, como eu, não quer trazer uma mensagem de tristeza e de desânimo. Ele quer nos abrir os olhos. No mesmo capítulo sete, dentro do mesmo contexto, Miquéias nos diz, vv. 8-10:

"8 Não se alegre a minha inimiga com a minha desgraça. Embora eu tenha caído, eu me levantarei. Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz. 9 Por eu ter pecado contra o Senhor, suportarei a sua ira, até que ele apresente a minha defesa e estabeleça o meu direito. Ele me fará sair para a luz; contemplarei a sua justiça. 10 Então a minha inimiga o verá e ficará coberta de vergonha, ela que me disse: "Onde está o Senhor, o seu Deus? " Meus olhos verão a sua queda; ela será pisada como o barro das ruas."


A nação de Israel seria duramente castigada por viver como vivia. Seus governadores e juízes nada mais eram do que o reflexo de um país que ignora Deus. O povo seria levado cativo para o exílio da Babilônia e Miquéias descreve o momento de arrependimento, tomada de consciência e renascer da esperança: 'Por eu ter pecado contra o Senhor, suportarei a sua ira." Nós não queremos um Deus assim. Preferimos o Deus leniente e marionete de nossas orações, castigando só àqueles que são bem maus, gente que nós achamos "ruim de carteirinha". Quem dera o Brasil fosse abençoado segundo os que têm fé e andam nos caminhos do Senhor. Infelizmente, a maioria dos brasileiros não conhece essa bênção.


Deus permite que os homens façam mal aos homens para nos disciplinar, não para nos destruir. Por isso, o profeta diz que Israel "suportaria a ira do Senhor". É justamente depois dessa frase que encontramos uma preciosidade da fé: "até que Ele apresente a minha defesa e estabeleça o meu direito".


Passamos a vida ouvindo que temos de dar contas a Deus. Desde Jó, já se pensava que o homem se defenderia diante do Senhor do Universo e 'apresentaria a sua defesa": "Tomara eu tivesse quem me ouvisse! Eis aqui a minha defesa assinada! Que o Todo-Poderoso me responda! Que o meu adversário escreva a sua acusação!" (Jó 31:35). Petulantemente, ainda exige que Deus responda a ele.


Quem será o seu advogado? Há um ditado centenário, cunhado por William de Britaine, na obra "Humane Prudence" de 1682, que diz "aquele que é seu próprio advogado (Conselheiro), certamente terá um tolo como cliente."


Miquéias diz que será o Próprio Deus que apresentará a nossa defesa e estabelecerá o nosso direito. Por isso, o Novo Testamento declara que Jesus é o nosso Advogado cumprindo a profecia: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1João 2.1). Como disse o velho profeta, "Ele me fará sair para a luz; contemplarei a Sua justiça". Jesus é a luz do mundo e Sua justiça nos purifica e perdoa todos os pecados, para que não vivamos mais como antes.


Nossa esperança não está nos poderosos do Brasil. Continuarão, por natureza, rapinadores. Nossa esperança está no Todo-Poderoso. A História prova que a História passa, mas a Palavra do Senhor dura para sempre. Queremos um Deus intervencionista para nossos pedidos mesquinhos, que, por ser imensamente bondoso e misericordioso, Ele também atende tantas vezes, mas a intervenção de Deus é maior. É global. Há algo muito maior no mistério da vida.


Quem cuida dos nossos interesses é o nosso Pai Eterno. NEle estão nossa esperança, nossa paz e nossa alegria. NEle estão o nosso sustento, a nossa segurança, nossa defesa, nossa justificação e o nosso futuro, se é que você já tem em Cristo o seu advogado.


Feliz semana com Jesus.


Com carinho,

Pr. Manga



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