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Quando a Esperança Mata

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 18 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

À medida que caminhamos para os últimos dias da humanidade (coisa que não depende absolutamente de nossa anuência), aumenta cada vez mais o nível de promiscuidade e irresponsabilidade social. Por causa da politização da pandemia, ninguém fala mais de AIDS e HIV, um retrovírus sem vacina até hoje. É que não existe vacina contra a promiscuidade. Gostaria que houvesse, para ver se imunizava uma grande parcela de cristãos nominais. Pelo menos assim, não escandalizariam o Evangelho.


O mundo vive uma alienação burrificante, sim, burrificar é verbo! A ideologia de gênero quer fazer as pessoas pensarem que podem mudar de gênero, quando na verdade só podem mudar de aparência. O homem que quer mudar de sexo não vira mulher, se torna apenas um mutilado. Mas é adulto e tem direito de escolher. Triste é quando vemos a mãe de uma criança de seis anos querer fazer essa mutilação no filho por acreditar que o menino gosta de ser menina.


Só posso mesmo lembrar a história de Pinóquio, de Carlo Collodi. Em dado momento, a marionete é induzida por um colega de escola a matar aula e ir para a "Terra dos Tolos", no original italiano, e "Ilha dos Prazeres", na versão Disney. Juntando os dois nomes, temos a definição perfeita do que acontece com tanta gente na sociedade de hoje: vivem em função dos prazeres sem se preocupar com as consequências, que no conto do boneco de pau, resulta em que as crianças se transformam em burros e são vendidas para puxar carroças a vida inteira.


Quando as consequências são indesejadas, as pessoas recorrem à "liberdade" de fazer o que bem quiserem com seu corpo. Fiquei atônito, hoje, ao ler sobre uma clínica de abortos em Shreveport, Louisiana, no Estados Unidos, cujo nome em português é "Clínica Esperança", que realiza mais de 3.000 mortes infantis por ano. Esperança de que? Esperança para quem? Porque, ali, a esperança mata. Minha passagem pela escola de Medicina me fez amar a vida e admirar o Criador por Sua perfeição em tudo o que fez. Como é preciosa uma criança!


Como diz Romanos 11:8, "como está escrito: Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até ao dia de hoje". A expressão bíblica "Deus lhes deu" quer dizer que Deus lhes permitiu ter um espírito de entorpecimento. Poderia tê-lo impedido? Com certeza, mas isso violaria a liberdade de cada um escolher seus caminhos, mesmo que seja para a "Terra dos Tolos" em busca de prazeres. Quanta gente talentosa já morreu de overdose? As overdoses de prazeres acabam tornando-os irrelevantes. Se fizéssemos festa de aniversário todos os dias, logo nos cansaríamos. Estamos num mundo onde as pessoas não querem ouvir e não querem ver, acreditando não nos fatos, mas nos contos.


Pinóquio foi salvo da ilha maldita pelo Grilo Falante, uma esperança (inseto) encantada para ser a consciência do boneco sem cérebro. Foi fugindo de lá que eles acabam engolidos por uma baleia, onde findam por encontrar Gepetto, o escultor de Pinóquio, e voltam para casa.


A palavra "consciência", na Bíblia Almeida Atualizada, só ocorre uma vez no Antigo Testamento, justamente no livro de Jó, quando o protagonista diz: "À minha justiça me apegarei e não a largarei; não me reprova a minha consciência por qualquer dia da minha vida" (Jó 27:6). É verdade que a justiça de Jó é muito diferente da justiça dos últimos dois séculos, para nossa tristeza. Esse sentido de correção, do que é justo e certo não leva as pessoas à rigidez do julgamento, mas à misericórdia. Foi a consciência que fez as pessoas não apedrejarem a mulher surpreendida em adultério, como está em João 8:9, onde ocorre pela primeira vez no Novo Testamento, onde aparece mais 34 vezes: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava". Cada um desses que foi saindo reconheceu que, se fossem julgados por seus pecados, bem gostariam que ninguém lhes jogasse a primeira pedra, clamariam por misericórdia. Daí a bem-aventurança de Mateus 5: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles receberão misericórdia."


Se a esperança foi o que deu consciência ao Pinóquio de pau, para nós é o contrário. É a consciência que nos dá esperança de uma vida melhor. Por isso, Paulo diz em Atos 24:16: "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens". A consciência pura não nos garante salvação, pois somos salvos por confiar no Salvador. Ninguém pode salvar a si mesmo por ser boa gente, pois tem muita gente boa que não quer ter um relacionamento pessoal com o dono do Céu, descartando-o como religião, mito, ou pior, lenda. A consciência pura nos dá a esperança de receber a aprovação de Deus e não disciplina, bênção e não castigo. A consciência tranquila nos faz viver e dormir em paz. Confiamos em Deus e Ele nos enche de esperança para enfrentar um dia depois do outro. E o Espírito Santo nos acompanha falando ao nosso íntimo, feito o grilo ao menino de madeira. A esperança levou o boneco à vida de verdade. Nossa esperança em Deus nos leva à vida eterna.


Se Deus nos ensina misericórdia é porque Ele é o pai da misericórdia. Não importa que burrices nós também tenhamos cometido no passado. Importa, sim, que podemos reconhecê-lo, podemos pedir perdão a Deus. Quando pedimos perdão, estamos limpando nossa consciência e começando tudo de novo. E se torna realidade, mais uma vez, o que a Bíblia diz: "Eis que tudo se fez novo" e temos uma vida nova em Jesus Cristo e temos uma razão muito especial para continuar tendo esperança. É assim que Deus nos abençoa.


Tudo bem com você?


Então, continue bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga

Igreja Batista do Cordeiro


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