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Ponto sem retorno

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 1 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Durante grande parte de Seu ministério em Israel ouvimos Jesus dizer frases como: "Não é chegada a Minha hora" e "Vá, mas não conte a ninguém que fui Eu". Quando Jesus teve de voltar a Jerusalém para ressuscitar Lázaro, tardou quatro dias em ir. Os discípulos se surpreenderam por Jesus querer voltar à Judéia: "Mestre, há pouco os judeus tentaram apedrejar-Te, e assim mesmo vais voltar para lá?". Jesus lhes explica que o amigo em comum havia falecido e que era necessário que Ele fosse até lá para acordá-lo. Todos entendiam o risco e o momento que isso representava. Então, Tomé disse aos outros companheiros: "Vamos também para morrermos com Ele".


Jesus sabia que tirar Lázaro do sepulcro com vida, depois de quatro dias morto, iria ser demais para seus opositores. Era um ponto sem retorno. Também o foi para Lázaro, por que os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matá-lo novamente porque, por causa de seu testemunho, muitos estavam se afastando dos judeus e crendo em Jesus.


Mas os que arquitetaram a morte de Jesus não tinham lido os Evangelhos até o fim. Desconheciam o final da história e cantaram vitórias muito cedo.


É justamente nesse momento que vemos uma das declarações bíblicas mais lindas e significativas para nós, e esse é o nosso texto base de hoje: João 13:1: "Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim."


O versículo poderia querer dizer que Jesus sabia que iria morrer em breve. Mas Ele mesmo avisou que sua morte na cruz não seria o fim e que todos veriam o 'sinal de Jonas'. O que se dava por morto ressurgiu para continuar a missão. O que Jesus sabia é que o tempo de andar com os discípulos estava acabando. Depois de 33 anos vivendo em Israel, em pouco mais de um mês Jesus voltaria para o Pai.


A frase mais importante agora é "tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim". Jesus veio a este mundo por amor à humanidade que Ele mesmo criara (João 1:1-3) e partiu sem desistir de amar.


Como Jesus, temos todos os motivos do mundo para desistir de amar a humanidade. O fato de homem ser potencialmente bom não apaga a imagem de que o homem pode ser infinitamente cruel. Jesus experimentou a maldade e a ingratidão, desprezo e vergonha, mas não deixou de amar aqueles a quem veio salvar. Foi morto e sepultado simplesmente para ressuscitar no domingo pela manhã transformando a Páscoa judaica na Páscoa cristã, transformando a celebração particular dos judeus pela libertação da escravidão do Egito na celebração mundial da libertação do pecado. Agora a Páscoa é para todos. Jesus volta para o Pai vivo, depois de aparecer para mais de 500 pessoas, de fazer um discurso público aos olhos de todos e subir para os Céus à vista de todo o povo.


A ressurreição é ponto sem retorno para toda a humanidade. Há evidências de sobra para quem quiser confirmar a veracidade do retorno de Jesus à vida, bastando ler um pouco a Bíblia. Para quem pensa que a ressurreição é mentira, temos de lembrar-lhes que os discípulos pagaram com a própria vida por não negarem o fato. De lá para cá, quem só crê sem se relacionar com o Jesus vivo experimenta apenas uma parte do milagre. Mas quem convive com Ele, conversa com Ele e ouve a Sua resposta à oração por meio das Escrituras, da boca de outros irmãos ou pela ministração do Espírito Santo também chegou a um ponto de sua fé onde não há mais retorno. Não há como voltar atrás. Por isso, milhares de cristãos são mortos atualmente ao redor do mundo sem negar a fé e ainda abençoando seus carrascos.


Qual a razão para isso? Aprendemos a amar até o fim. Não até o fim do amor, porque o amor que Jesus nos deu e nos ensinou não é romântico nem interesseiro. O amor nunca acaba (1Cor 13:8).


Para os discípulos de Jesus, a Páscoa é realmente uma celebração. Celebramos vida, perdão e esperança para a vida Eterna, celebramos o fato de que nosso Redentor vive e nos ama com amor sem fim. E não ama só a nós, mas a todos no mundo, desejando que todos sejam salvos, que todos venham para Seus braços estendidos para recebê-los. Celebramos o fato de que Jesus está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Jesus não é um artigo de fé, nem um credo ou dogma. Jesus é uma experiência pessoal. Experimente-O. Como diz o salmista, "provai e vede que o Senhor é bom" (Salmo 34:8) e "feliz o homem que nEle se refugia".


Que o amor de Deus, o Pai, a graça do Senhor Jesus e as consolações do Espírito Santo sejam sobre todo o povo de Deus agora e sempre. Amém.


Feliz Páscoa. Só depende de você.


Com carinho,

Pr. Manga



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