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Poliamor

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 16 de dez. de 2020
  • 4 min de leitura

Todos nós já ouvimos falar de poligamia. Os mórmons foram perseguidos por sua doutrina e prática durante anos, até consequirem se firmar no Estado de Utah, no Estados Unidos, e passar a lei que legalizava a prática da poligamia, até hoje comum na região. Poligamia é a união matrimonial de um homem com mais de uma mulher. Quando é a união de uma esposa com vários maridos, chama-se poliandria, mas, nas minhas limitações, não conheço lugar nem religião que a defenda, isto é, até o mês passado.


No dia 29 de junho, a cidade de Somerville, perto de Boston, nos Estados Unidos, aprovou lei municipal que permite o 'poliamor', isto é, a constituição de família por três ou mais pessoas, independentemente de gênero: dois homens e uma mulher, três mulheres, quatro homens, duas mulheres e três homens, e por aí vai. Na definição do Dicionário Priberam, poliamor é o "relacionamento de cariz romântico e sexual que se estabelece simultaneamente entre vários parceiros, com conhecimento e consentimento de todos os envolvidos". ("poliamor", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/poliamor [consultado em 21-07-2020].)


As leis consideram o Estado laico. Quer dizer que não toca ao Estado impor restrições religiosas às vontades das pessoas. E é aqui que isso pode ter alguma implicação para nós, cristãos: o conceito de moral. Moral, no feminino, é o "1- conjunto dos princípios e valores de conduta do homem; 2- bons costumes; 3- conjunto de regras e princípios que regem determinado grupo." Na primeira definição, moral rege a conduta do homem que, espera-se, seja pautada em bons costumes. Mas o dicionário também diz que são as regras que regem determinado grupo de pessoas. Então, não se pode reclamar se a maioria das pessoas determinarem que as regras que os regem são essas e aquelas ou, como se vê hoje, que a minoria determine as regras para a maioria.


Isso não nos deve espantar como cristãos. O mundo não começou a se perverter hoje. Ao contrário, era tão pervertido logo nos primeiros mil anos após a criação que a humanidade foi condenada pelo dilúvio universal. E o que é perversão para um grupo não o é para outro. Saber conviver com isso é nossa ética em Cristo. A questão é que essa mesma ética que nos leva a um convívio pacífico com os que pensam adversamente não é recíproca. Por isso, Jesus disse que somos enviados como ovelhas para o meio de lobos.


Nós temos uma lei imutável. Foi-nos dada por Deus e é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Daí derivam nossos "bons costumes" e o "conjunto de regras e princípíos que regem este determinado grupo." O texto bíblico diz assim: Salmos 119:105-106 " A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho. Prometi sob juramento e o cumprirei: vou obedecer às tuas justas ordenanças."


Nossa "conversão" e batismo equivalem ao juramento do salmista: vamos obedecer às ordenanças de Deus. Note que são mandamentos de Deus, ordenanças, e não sacramentos ou atos que purificam e santificam a alma. São leis que nos governam. Elas nos protegem e fazem bem. Não escravizam, não tolhem, mas dão segurança e estabilidade. Em vez de um poliamor, somos chamados a um relacionamento único de amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração, de toda nossa alma e de toda a nossa força (Deuteronômio 6:5). Só esse amor pode nos levar a amar os outros e respeitá-los como Deus os ama e concede que vivam como bem queiram. Isso não quer dizer que entrarão na morada que Jesus preparou para os que nEle crerem. O Céu não é para o mundo, mas para pecadores arrependidos, reconciliados e regenerados no Espírito Santo. Por mais que o mundo não concorde, é assim na teocracia.


Muita gente sofre as consequências de si mesmo por querer crer em Deus, mas viver segundo suas próprias regras e princípios e, via de regra, culpando a Deus se der errado. Não dá para ser cristão e não obedecer às justas ordenanças de Deus. É realmente um problema quando o que queremos fazer não está contemplado nas regras de Deus. Certa vez ouvi de um jovem que queria divorciar-se por desejar uma vida sexual diferente da que sua esposa lhe proporcionava: "Quer dizer, pastor, que eu só tenho duas opções? Ou eu vivo o resto da vida assim ou, então, eu peco contra Deus e me separo?". É duro quando as regras não favorecem nossa concupiscência. Mas a regra dos homens permite. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. E não será como cada um pensa, mas como Deus já determinou. Ignorar Deus, a Bíblia e esses fatos não elimina o problema. Só nos aliena.


Só o amor leal a Deus pode nos levar a ser fiéis nos relacionamentos pessoais, levar à fidelidade conjugal e a guardar os preceitos de Deus como nossos princípios morais e ser governados pelo Rei do Universo. Não é relação com um tirano, pois Ele não nos obriga. Mas, se aceitamos Seu convite, a Casa de Deus tem Suas regras, como você e eu temos regras para o nosso lar. Aprendemos a viver como súditos do melhor Rei que jamais existirá e, apesar do mundo mudar a todo momento, nossa paz não é afetada. Ela não depende do mundo mas de quem a dá. E nos foi dada pelo próprio Filho de Deus.


Salmos 116:1-2 nos diz: "Amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os Seus ouvidos, eu O invocarei por toda a minha vida."


Se este é o seu desejo, também, fique bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga



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