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Peixes na Brasa

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 25 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

Vi uma paródia em que um a pessoa se veste usando um estereótipo de Jesus, com um crucifixo no peito, cabelos longos e barba e vai para a beira de uma lagoa. Outras pessoas estavam a pescar, sentados à beira da água. Esse homem chega sem vara e sem rede, apenas com um puçá nas mãos, para diante do lago e começa a chamar os peixes. Em poucos instantes, alguns peixes voam da lagoa em direção ao falso milagreiro, que os pega habilmente com o puçá. A explicação é que havia um barquinho a uns dez metros de distância do homem, e alguém estava escondido do lado desse barco atirando os peixes para a beirada, para espanto dos observadores. Ah, como os homens gostariam de ter tal domínio sobre a natureza.


Em João 21:1-10, temos o que provavelmente inspirou a pegadinha acima. O texto diz:

"Depois disso, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, agora no mar de Tiberíades (o mar da Galileia). Aconteceu assim: Simão Pedro, Tomé (cujo apelido era Gêmeo), Natanael, de Caná da Galileia, os irmãos Zebedeu e dois outros discípulos estavam na praia. Simão Pedro disse: “Vou pescar”.

3-4 Os outros disseram: “Vamos com você”. Eles entraram no barco, mas não pegaram nada naquela noite. Quando o Sol surgiu, Jesus estava de pé na praia, mas eles não o reconheceram”.

5 Jesus disse: “Paz seja com vocês! Pegaram alguma coisa para comer?”.

Eles responderam: “Não”.

6 Ele disse: “Lancem a rede do lado direito do barco e vejam o que acontece”.

Eles fizeram o que Ele disse. De repente, havia tantos peixes na rede que eles não conseguiam puxá-la.

7-9 Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!”.

Quando Simão Pedro percebeu que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava despido, e pulou no mar. Os outros discípulos vieram de barco, pois não estavam muito longe da praia, cerca de cem metros, ajudando a puxar a rede abarrotada de peixes. Quando saíram do barco, viram uma fogueira. Havia peixe e pão assando sobre ela.

10-11 Jesus disse: “Tragam alguns dos peixes que acabaram de apanhar”. Simão Pedro juntou-se a eles e puxou a rede para a praia — 153 peixes grandes! E, mesmo com todos aqueles peixes, a rede não se rasgou.

12 Jesus disse: “A comida está servida”. Nenhum dos discípulos ousava perguntar: “Quem é você?”. Eles sabiam que era o Senhor.

13-14 Jesus, então, tomou o pão e o deu a eles. Fez o mesmo com os peixes. Era a terceira vez que Jesus se manifestava — vivo — aos discípulos, desde que havia ressuscitado dos mortos."

Jesus apareceu aos discípulos e a mais de quinhentas pessoas de Jerusalém após a Sua morte na cruz e a ressurreição. Ele não quis que esse testemunho ficasse apenas com os discípulos, pois seria fácil acusarem-nos de divulgar fakenews. Mas quinhentas pessoas não podem ser ignoradas. Jesus aproveitou seus quarenta dias na Terra após a ressurreição, missão já cumprida, para fazer uma pegadinha com os Seus companheiros mais chegados.


Pedro e seus companheiros de pescaria tiveram uma noite frustrada, outra vez, como no primeiro milagre público de Jesus (a transformação da água em vinho nas bodas de Caná foi um tanto secreta). João, o discípulo amado, viu Jesus na beira do lago, disse a Pedro: "Olha! É o Senhor!". Jesus estava sozinho na praia. Milagre feito, os discípulos ainda estão puxando seus 153 peixes grandes para a beira, mas Jesus anuncia: "A comida está servida". Só que Jesus não assou os peixes de Pedro. Note que o v.9 diz que quando saíram do barco, viram uma fogueira. Havia peixe e pão assando sobre ela.


A não ser que imaginemos que Jesus previra tudo aquilo e no caminho, à francesa, trouxe pão debaixo do braço e comprou peixes no mercado, o que lemos é que, sem pescar, sem vara e sem puçá, Jesus estava assando peixe e pão na praia. Esperou que terminassem o trabalho de recolher a grande pesca e convidou os discípulos para um café da manhã, servido e pronto. É verdade que Jesus disse "Tragam alguns dos peixes que acabaram de apanhar", mas não foram esses os que estavam sendo assados no versículo nove. Isso era só para aumentar a alegria da festa de ceiar com o Salvador uma vez mais. Era a terceira vez que Jesus se manifestava aos futuros apóstolos depois de Sua morte e ressurreição. Descartava-se, assim, a ideia de miragem, ilusão coletiva ou qualquer outra explicação psicológica para um fato real e inusitado.


Somos lembrados, nesse texto, de que quando os nossos dias não dão os frutos esperados, Deus provê para nós de modo especial. O número 153 não tem valor esotérico e sim de evidência dos fatos. Prova que não foi invenção. Foi um número impressionante, mas não exagerado, como seria se dissesse "centenas ou milhares de peixes", típico das narrativas inventadas. Foram exatos 153 peixes grandes. Na praia, peixes e pães prontos, quentinhos e convidativos. Cumpre-se o Salmo 23: "Preparas um banquete para mim" e Jesus fica para a refeição.


Quais são as suas preocupações hoje? Ore a Deus agora mesmo e coloque-as diante de quem mais ama você nesta vida. Confie nEle e espere. Vá fazer o que você tem de fazer, especialmente seguindo as instruções de Deus Pai. Jogue a rede, depois puxe-a para a praia. Deus não faz a sua parte. Pela graça, Ele nos satisfará as reais necessidades e ficará conosco para jantar.


Fique bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga

Igreja Batista do Cordeiro



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