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Nada de Henriques Oitavos

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 22 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Não há como justificar uma fé cristã que está baseada simplesmente no ato de crer sem vínculo com a prática da vida. É verdade que muitos que se dizem cristãos creem em muitas coisas não bíblicas como base para sua fé. Não vou debater isso. É inútil. Mas o comportamento de quem se diz discípulo de Jesus não é questão de escolha pessoal. As recomendações são da Palavra e não podem ser opiniões subjetivas.


O texto de hoje está em 2 Coríntios 13:11: "Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês."


O contexto da passagem é a exortação de Paulo à igreja em Corinto para que se preparassem para uma futura visita do apóstolo. A preparação com base espiritual tinha sérias implicações sociais. Vejamos.


"Procurem aperfeiçoar-se." Ser discípulo é uma viver uma vida constante de crescimento, amadurecimento e aperfeiçoamento. Tudo o que é positivo e nobre deve ser buscado intensamente. Isso é para o nosso próprio bem. Não é perfeição de fachada para que nos vejam, mas para que experimentemos o que o relacionamento com Deus tem de melhor: sentir-se e agir como filhos de Deus. Por isso, o versículo cinco diz: "Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês?" (2Cor 13.5). É fácil, diante das mudanças dos padrões sociais e das leis promulgadas, estarmos mais de acordo com o mundo do que com o Espírito de Deus, caindo na normalidade. Lembramos que "normal" é o que a maioria das pessoas faz. Aí estão extremos como a banda Casting Crowns bem canta, "salvando as árvores e matando as crianças", uma contradição berrante dos que defendem as florestas, mas apoiam as clínicas de aborto.


Suas práticas e convicções sociais estão de acordo com a fé? Notemos que não é "sua fé", pois poderia ser que individualmente caiba na fé de alguém, mas não na fé em Cristo. Daí, "examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês?". Se Ele está em nós o que cremos e fazemos é aprovado por nosso Salvador?


Embora o exame seja pessoal, a exortação é comunitária. O grupo de cristãos que se reúne para louvar e adorar em uma congregação, igreja ou pequeno grupo recebe a recomendação de "exortar-se mutuamente". Podemos nos confundir e achar que alguma prática não seja nada demais, mas os cristãos mais maduros serão capazes de nos exortar e mostrar que isso não está na fé. O dicionário define exortar como "1.Procurar convencer por meio da persuasão, do conselho; 2.Incitar à prática do que é bom ou conveniente". Aí não cuidamos apenas de nós mesmos, mas uns dos outros, para o bem de todos.


Quando convencemos uns aos outros pela Palavra, cumpre-se a terceira recomendação: "tenham um só pensamento". O cristianismo tem sofrido através dos séculos por causa da fé-opinião e não da fé obediência à Palavra. Não foi por isso que o rei Henrique VIII separou a igreja católica da Inglaterra da igreja católica de Roma, criando a Igreja Anglicana, a fim de permitir-se o divórcio sem princípios bíblicos? Durante seu reinado, Henrique VIII foi o cabeça da Igreja da Inglaterra. Divorciou-se e voltou a casar, tendo ao todo seis esposas em sucessão. Em defesa da Igreja Anglicana, depois de Henrique VIII as normas para o divórcio voltaram a ser bíblicas até meados do Século XX. Quando o que as pessoas querem não está alinhado com o que a Palavra diz, é possível que o cristão não esteja na fé. Mas deveríamos todos ter "um só pensamento" e não diversas opiniões sobre a fé. Para o mundo, casamento é um contrato e pode ser rompido por qualquer uma das partes por um simples "não quero mais". Mas para Deus, o que mudou? Jesus disse: "O que Deus uniu, ninguém o separe." (Marcos 10:9). Nossa unidade de pensamento não pode ser para o que não é de Deus.


Apesar das diferenças cada vez mais abismais entre tipos de cristãos, a quarta recomendação é "vivam em paz". Não é para haver brigas entre cristãos por causa de seus pontos de vista diferentes. Que cada um examine a si mesmo e que possamos ajudar os que busquem ajuda.


Finalmente, Paulo nos diz: "Agora, oramos a Deus para que vocês não pratiquem mal algum. Não para que os outros vejam que temos sido aprovados, mas para que vocês façam o que é certo," (2Cor. 13:7). Como disse o grande missionário, não é para que os outros vejam, mas para que possamos dormir com a consciência tranquila, sabendo que fizemos o que certo aos olhos de Deus Pai.


Assim, fique bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga



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