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Jesus e a torre que não era gêmea

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 21 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

A poeira subiu, alta, densa, e as pedras caíram ruidosamente. Parecia um terremoto. A gritaria era tremenda. Pessoas correndo para escapar e, pouco depois, correndo de volta para o local do desastre para ver o que aconteceu. Não passou nos telejornais. Não tiraram nenhuma foto dos socorristas, mas Jerusalém ficou em pânico. Por que, Deus, por quê?


É, Jesus também viveu os desastres entre Seu povo. Não eram as Torres Gêmeas a cair. Foi a torre de Siloé, um bairro ao sul de Jerusalém. Não era um prédio com executivos, apenas uma torre de defesa para um dos muitos portais da próspera cidade. Lucas foi o único a relatar o acidente. A "Cidade de Deus" não estava livre da injustiça e da dor. Não foi à toa que Jesus chorou por Jerusalém. Por essas e por outras causas. Deus não tem prazer no sofrimento humano.


O texto de hoje está em Lucas 13.1-5: " Naquela ocasião, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifícios deles. Jesus respondeu:

─ Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão".

A humanidade conheceu muitos dias de tirania e crueldade. Nenhum deles foi planejado por Deus. A passagem relata que algumas pessoas contaram a Jesus que Pilatos mandou matar alguns galileus enquanto estavam no templo oferecendo sacrifícios a Deus, cumprindo seus votos e orientações religiosas, perfeitamente em ordem e em paz. O sangue deles fora misturado ao dos animais sacrificados. A frase aparentemente comum transmite de forma sutil que aqueles judeus morreram como animais, indefesos e inocentes.


Os relatores da chacina queriam ouvir algo de Jesus que O condenasse, que pudesse ser usado contra Ele, algo de que O acusar e condenar por subversão e rebeldia. Talvez houvesse alguém desejando uma justificativa teológica para o martírio daqueles homens, pergunta sempre atual para quem quer entender a fé: por que Deus permite que coisas ruins aconteçam com pessoas boas. Mas não é fácil e nunca conseguiram envolver Deus em seus imbróglios. Jesus reverte a situação e passa de potencial acusado a real acusador: "Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não!". "Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não".


E a resposta foi teológica: os desastres não acontecem somente com os pecadores. Até quem está bem com Deus, adorando e servindo ao Reino está sujeito à morte iminente. Que o digam nossos irmãos na Nigéria, Índia, China e outros países, torturados, metralhados e queimados vivos aos milhares. Sua morte não tem relação com seus respectivos pecados. Como o incidente da torre de Siloé, isso não saiu nos jornais. Nem todo pecado é manchete, só os que interessam aos manipuladores e fofoqueiros.


Acidentes acontecem. Muitos, a grande maioria, por imprudência humana. São milhões de morte por ano ao redor do mundo. E Deus não se importa? Claro que sim. Não foi este o mundo que Deus planejou. Mas não quiseram o mundo de Deus. Por que morreram? Porque sim. Não foram piores do que os que estão vivos, nem melhores.


Por isso, Jesus reverte a pergunta para um julgamento pessoal: "Mas se vocês não se arrependerem, todos vocês perecerão". A verdadeira morte não é mera cessação desta vida carnal. Dessa, ninguém escapará e ninguém deve ter medo dela. É só uma questão de tempo. Como ninguém sabe quando vai partir desta vida, é necessário o arrependimento agora. Os mortos não se arrependem, apenas colhem as consequências que plantaram. A reconciliação com Deus é urgente porque deve preceder a morte física.


Além de garantir que não se tem a morte eterna, o relacionamento pessoal com Deus garante uma vida melhor agora. Ganhamos cosmovisão, sabedoria, entendimento, amizade com o Criador, provisões e alegrias em meio à dor. Alguns, por um tempo, também ganharão livramentos.


Estamos prontos? Então, bola pra frente. E aproveitemos cada um dos nossos dias com Jesus.


Fique bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga




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