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Imitadores de Deus ou imitação?

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 30 de jun. de 2020
  • 4 min de leitura

Efésios 5:1-2 e 8-11


Quem nunca olhou vitrine em shopping center? Durante os tempos de dificuldades financeiras é só o que se pode fazer. Sair de casa para passear, ver o que é bonito sob a luz da vitrine e voltar para casa. Mas quantos já pararam para avaliar o que está à venda, o valor intrínseco do que está exposto? Há uma rede famosa que vende bijuteria como se fosse joia, porque tem garantia de que o folheado a prata ou a ouro não vai "descascar", mas se descascar, eles trocam por outra peça, igualmente bijuteria. Já uma outra loja, vende anéis, brincos e gargantilhas de aço como se fossem de ouro. O preço é quase o mesmo. Mas se você pensar um pouco, logo vê que não são joias. Não têm valor em si, a não ser a beleza da arte. Arte não tem preço. Houve um tempo em que isso era chamado de _imitação_.


O texto de hoje nos desafia a aproveitar o isolamento social para desenvolver em nós as características fundamentais da fé não alienada. Quando a crise passar, e é só uma questão de tempo, poderemos emergir transformados ou simplesmente viver a mesma rotina de sempre. Alguns dizem que o mundo não será o mesmo depois da pandemia. Mas a história diz que o mundo será o mesmo, voltando às suas práticas malignas tão logo possa. Por outro lado, muitas pessoas, individualmente, conforme o despertar de cada uma, emergirão profundamente mudadas, mais maduras, fortalecidas e esclarecidas quanto à fragilidade da vida, e umas até fortalecidas na fé.


O apóstolo Paulo escreveu aos irmãos em Éfeso, cidade grega naquele tempo, cujas ruínas pertencem à Turquia hoje. A mensagem era tão real para aquele momento como é para a igreja dos dias atuais. Infelizmente, muitos pensam que ser igreja é quanto elas creem e se deliciam em Deus, o que é geralmente expressado como ter muita fé em Deus. Não vou falar de salvação. Essa é pela fé e ponto. Mas ser igreja tem outra função, ou melhor, tem uma missão. Leiamos.


Ef. 5:1-2 → 1Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, 2e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.

Ef. 5:8-11 → 8Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, 9pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; 10e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. 11Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.


Sob o rótulo de cristãos, podemos ser imitadores de Deus ou imitação. Como já vimos, as aparências enganam. Imitação é só por fora, não tendo as qualidades reais daquilo que imita. Note que na frase "como filhos amados" quem ama é Deus. Por causa do amor de Deus por nós, movidos pela gratidão por tudo o que Ele fez e faz e fará, por nós ou não, devemos:

1) viver em amor, isto é, desejando e fazendo o bem ao outro, mesmo que isso não nos convenha. Como disse Tiago, "eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras" (Tiago 2:18b). Depois da contemplação, a fé nos leva à prática, isto é, a imitar Deus.

2) Viver como filhos da luz. Éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor, não em nós mesmos, não é mérito nosso, só somos luz no Senhor.

3) Dar os frutos da luz: bondade, justiça e verdade.

4) Aprender a discernir o que é agradável ao Senhor. Nossa filiação a Deus não está em questão. Já fomos selados ou as pessoas são apenas imitação, sem o selo de garantia que acompanha os artigos de ouro e prata. Lendo a Palavra de Deus aprendemos o que agrada a Deus. A consequência é que buscamos fazer o que agrada ao Pai Celeste e não a nós mesmos.

5) Por isso, não só não devemos participar das obras infrutíferas das trevas, mas expôr o que está errado para que possa ser corrigido. Aí necessitamos da ajuda uns dos outros para que nos mostrem onde ainda falhamos. Ser filhos de Deus não é nunca falhar, é sempre buscar fazer o que agrada a Deus.

6) E como eu disse que ser igreja é ter uma missão, tudo isso é necessário para que os que nos observam vejam que o Evangelho é real, não um engano. Isso tudo é testemunho, comprovação de que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Que as pessoas não serão somente salvas, mas desde já transformadas para a eternidade. Nosso comportamento é a isca do anzol de pescar homens.


Já que estamos isolados, aproveitemos este tempo mais a sós para nos dedicarmos à introspecção, ao autoexame, para que depois da crise estejamos permanentemente transformados. A palavra crise vem do grego, _krisis_, que entre outros sentidos, quer dizer " ato de separar, decisão, julgamento, evento, momento decisivo". Estamos em crise, separados, sob julgamento pessoal e, ao mesmo tempo, num momento de decisão. E a pergunta é simples: sairemos desta como _imitadores de Deus_ ou como _imitação_?


Sejamos maduros. Enquanto o mundo se desespera, nós esperamos. Sabemos o que acontece, estamos no camarote de Deus, assistindo ao mundo e assistindo o mundo. Já deixamos de viver uma fé para nós mesmos, a fé do 'tadinho de mim", e passamos para a vida plena, "tadinho dos outros que não têm este Pai perfeito em cuja mão estamos." Deus cuidará de nós para que cuidemos de Seus assuntos. Se Deus é por nós, quem [ou o que] será contra nós? (Romanos 8:31).


Fiquemos tranquilos, fiquemos em paz. O Senhor é o nosso pastor e não sentiremos falta de mais nada.


Com carinho,

Pr. Manga.



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