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Controle Remoto

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 17 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

Se antes da pandemia a briga pelo controle remoto já era uma questão séria no relacionamento entre casais, imagino como o problema cresceu agora. Não é à toa que o número de divórcios aumentou durante a quarentena, que já ultrapassa cem dias. Passamos quase um terço do ano dentro de casa! Mas não podemos negar o grande perigo que ainda é a exposição ao vírus para os que pertencem ao grupo de risco. Assim, seria bom poder controlar as coisas à distância e ninguém ter de se arriscar saindo de casa.


O primeiro controle remoto de que se tem registro foi um experimento feito pelo físico britânico Oliver Lodge, em 1894, usando um coesor de Branly, uma espécie de detector de sinais de rádio primitivo, para fazer um galvanômetro mover um feixe de luz quando uma onda eletromagnética fosse gerada artificialmente. No entanto, o primeiro controle remoto para a televisão só foi produzido em 1950, pela Zenith Radio Corporation, e foi chamado de "preguiçoso", mas tinha um fio conectando-o ao aparelho de TV. Em 1955, o Comando Espacial Zenith, apelidado de "clicador" porque emitia apenas um clique, começou a ser fabricado. Era um controle sem fio, que emitia um som captado pelo receptor e só tinha quatro botões: ligar/desligar, mudar de canal para cima, mudar de canal para baixo, ligar/desligar o som.


Muitos séculos atrás, uma pessoa usou um princípio semelhante para alcançar resultados tremendos à distância.


O texto de hoje se encontra em Mateus 8:5-13. Vejamos:


"5 Entrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. 6 E disse: “Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento”.

7 Jesus lhe disse: “Eu irei curá-lo”.

8 Respondeu o centurião: “Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado. 9 Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz”.

10 Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. 11 Eu lhes digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. 12 Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

13 Então Jesus disse ao centurião: “Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá!” Na mesma hora o seu servo foi curado."

Ainda é surpreendente que, na hora da necessidade, nós vamos tentar todos os meios possíveis para resolver um problema sério, mesmo que os métodos não sejam convencionais. Foi exatamente o que fez o centurião. A palavra "servo" foi usada para traduzir um termo grego que quer dizer crianças ou criados, ou as duas coisas, isto é, uma criança que servia como criado na casa de alguém. Se esse for o caso, entenderemos a razão do centurião se preocupar tanto com seu "servo" e se comover a ponto de buscar o improvável: um judeu que, diziam, fazia milagres.


Jesus não faz acepção de pessoas. Apesar da opressão dos romanos, não hesitou em dizer que iria até a casa de um gentio para ajudar alguém. E aí ocorre outro fato inusitado: o centurião, oficial romano, se declara indigno de receber o Salvador debaixo do seu teto. Aqui há uma inversão de autoridade. O que tinha o poder para mandar reconhece que Jesus tem autoridade maior, ainda que fosse um profeta andarilho, sem um lugar onde deitar a cabeça. Além disso, as surpresas não se esgotaram. O romano faz uma declaração de fé jamais vista em Israel: "Mas dize apenas uma palavra e o meu servo será curado". O centurião estava convencido de que bastava uma palavra de Jesus dita ali para que o criado fosse curado lá na casa onde estava. Feito o clicador. E esta foi a primeira cura à distancia, por controle remoto, do ministério de Jesus.


Jesus elogia o romano por sua fé. Profetiza que os religiosos de Israel não creriam no Messias, mas que muitos, do oriente e do ocidente, seriam salvos, mas os "súditos do Reino", os fariseus e o povo descrente, seriam lançados fora. Note que a fé do centurião se manifesta sob a palavra de Jesus. Quando Jesus se dispôs a ir, o centurião reconheceu que era verdade: ali estava um homem com poder para fazer milagres, senão não ousaria dizer que iria à sua casa, pois se não curasse o servo do romano e lhe desse falsas esperanças, isso trairia graves consequências para Jesus.


O centurião pediu de Jesus uma só palavra e Jesus fez a cura com uma só: "Vá!". Na mesma hora o seu criado foi curado.


Nós estamos sem poder ir aos cultos. Apesar da liberação pelo Governo para que os templos sejam abertos, não pode haver mais de 50 pessoas no santuário, para uma igreja do tamanho da IBCor. Isso representaria menos de 10% dos membros, não resolvendo nossa vontade de se reunir e matar as saudades e cultuar juntos. Por isso, decidimos esperar dias mais seguros.


Mesmo assim, sabemos que Deus não está longe. Por mais indignos que nos consideremos de que Jesus entre em nossa casa, é também com uma só palavra que fazemos o Salvador entrar: "Perdão!". Nosso arrependimento nos eleva e dignifica e o Salvador nos restaura de nossa sofrida paralisia que nos impede de entrar no Reino de Deus.


Se você, hoje, está precisando de ajuda especial de Deus, basta falar com Ele. A oração que você fizer chegará até o trono do Eterno e trará do Pai uma resposta sob medida, a medida da sua fé. Confie!


Fique bem. Fique em paz. Fique com Deus.


Com carinho,

Pr. Manga 🥭

Igreja Batista do Cordeiro



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