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Como praticar o mal fazendo o bem

  • Foto do escritor: JUBCor
    JUBCor
  • 13 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Para mim, um dos versículos mais tristes da Bíblia em relação à igreja, e aqui me refiro à igreja instituição, com seus membros e congregados, não a Igreja como corpo total de Cristo, é "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus," que está no texto de hoje. A declaração de que não entrarão não é dirigida aos congregados não crentes em busca da salvação, nem mesmo aos ateus. Aí não teríamos problema algum, já que estes rejeitaram o Único que poderia salvá-los. A proibição de entrada é justamente para alguns que dizem "Senhor, Senhor", isto é, parecem crer, parecem ser filhos de Deus, parecem Igreja, mas não são.


Vamos, então, à leitura da Palavra.


Mat 7:21-23

21 "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’ 23 Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’ "

Aqui está o contraste entre o verdadeiro e o falso. Não é só com fake news que devemos nos preocupar, mas com os fakecrentes .

Entrar no Reino dos Céus é algo muito bom, já que a opção B é o Inferno e não existe opção C (tipo "eu não creio em nada disso então vou para lugar nenhum"). Os despreocupados com a alma não ligam para isso, como se ignorá-las fizessem com que elas desaparecessem e não se materializassem um dia. Há ainda a ilusão do "eu vou para o Céu que eu inventei em minhas imaginações". Isso é simplesmente impossível, com ou sem Deus. Mas quem entende que a vida não é só isso aqui, vai além. Só a opção A é desejável.

A entrada no Reino está vinculada a duas frase de Jesus na passagem lida: clamar "Senhor, Senhor" é reconhecer que só Jesus Cristo é Senhor e Salvador. A outra frase é "fazer a vontade do Meu Pai, que está no Céu", que é consequência do senhorio de Cristo. Senão, as boas ações não são a vontade do Pai, mas somente fazer o bem sem Deus. São coisas como dar alimento ao que tem fome, dar abrigo, roupas e remédios aos necessitados, como tantas ONGs sem Deus e algumas religiões o fazem o tempo todo e não clamam "Senhor, Senhor". Importante trabalho social, sem dúvida imprescindível, mas ninguém vai para o Céu por isso. Efésios 2.8-9.

Quem de fato se submete ao senhorio de Cristo se torna escravo (mal traduzido servo na maioria das Bíblias) e não tem a opção de não fazer a vontade de Seu Pai. Ou faz alegre e dando graças a Deus, ou faz chorando. Só os enganados não fazem a vontade de Deus. Acho importante que as igrejas, em vez de fazerem os "cultos de descarrego", promovam os "cultos do desengano", como Jesus fez aqui.

Lamentavelmente, o v.22 diz "muitos Me dirão naquele dia". Não são poucos. Também dirão "em Teu nome ... não realizamos muitos milagres?". Jesus não diz que foram falsos milagres. A graça e a misericórdia de Deus são tamanhas que Ele pode usar até um pagão para abençoar alguém e mostrar o poder de Jesus. Não quer dizer que os fazedores de milagres são salvos nem abençoados. Jesus apenas permitiu que o milagre fosse feito.

A resposta de Jesus a esses é elucidativa: "Nunca os conheci." 2 Timóteo 2.19 declara "Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor"". Obviamente, não era o caso desses milagreiros. E Jesus diz mais: "Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!" (itálico meu). Como praticam o mal se fazem o bem? Porque embora usassem o nome de Jesus, pertenciam a outros deuses: o dinheiro (feito Simão, o mago, de Atos 8:9-24, que tentou pagar aos apóstolos para saber o segredo de impor as mãos para que as pessoas recebessem o Espírito Santo); o orgulho (como o fariseu da parábola, que orava exaltando a si mesmo, em Lucas 18:9-14); ou a fama (como os hipócritas de Mateus 6:5, que gostam de orar em público para serem vistos pelos homens). Fazem o bem praticando o mal porque levam consigo muitos outros enganados pelo caminho da perdição. O bem feito acaba sendo uma isca que pesca os incautos para a morte eterna.

Que Deus nos livre dos tais e de ser os tais. Que aceitemos Jesus não apenas como um salvador nominal, mas como Senhor Real😉 e venha o Seu reino e seja feita a Sua vontade assim na Terra como no Céu.

Com carinho,

Pr. Manga



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