Apoiados na pedra angular: Um resumo sobre a carta de Paulo aos Efésios.
- JUBCor
- 31 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Todos os dias somos confrontados com o nosso ego, personalidade, crenças e valores. Principalmente agora, na era das redes sociais, onde todos querem saber seu julgamento de valor sobre determinado assunto. Isso se torna muito mais complicado quando se aplica aos cristãos, pois sofremos a famosa “metanoia” quando passamos a crer em Cristo como nosso único e suficiente salvador. Nossos valores, princípios e certezas mudam drasticamente. E foi exatamente isso que aconteceu com os recém-cristãos em Éfeso. Antes adoradores da deusa Artemis, agora seguidores de Cristo.
Para introduzir a carta, Paulo recapitula as obras do Deus trino e, logo de cara, nos deixa maravilhados com uma única grande sentença que mostra que o Pai nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais, que Ele nos escolheu em Cristo e nos predestinou para Ele, sem mesmo sermos merecedores. Ele segue mostrando que Cristo veio como aplicação do plano do Pai, que por seu sangue nós somos redimidos, para que pudéssemos ser santos irrepreensíveis e que nEle fomos feitos herança. Por fim, o Espírito Santo do Senhor passa a habitar em nós, sendo assim o selo de garantia que nos dá a certeza de que passamos a ser corpo de Cristo. Mas também somos iluminados, consolados, guiados, instruídos e sustentados por esse mesmo Espírito.
É muito interessante ver que Paulo joga a realidade na nossa cara quando fala que éramos filhos da ira, mortos no pecado e que nossos velhos hábitos só nos levava a condenação. Mas depois disso ele trás a nossa esperança, que mediante a fé, somos salvos pela graça. Independente de tudo aquilo que a gente faça, somente a graça de Deus nos torna concidadãos dos santos, família de Deus, corpo de Cristo, que é o cabeça, a pedra angular a qual tomamos como nossa base. Por Cristo, judeus e gentios têm acesso ao Pai em um só Espírito.
No meio da carta, Paulo ora para que possamos ser fortalecidos com poder, que a conversão pela fé seja o nosso propósito e que cresçamos no conhecimento do amor de Cristo, que excede todo entendimento. Amor este incondicional (Dt. 7: 7-8), veio antes da fundação do mundo (Ef. 4: 1), ultrapassa qualquer limite (Ez 16: 3-10) e veio encarnado em Jesus, a maior expressão do amor de Deus, sendo ele o único capaz de pagar por nossos pecado.
Podemos ver que a graça foi concedida a todos os que creram, e que dentre eles Deus separa evangelistas, pastores e mestres, com o propósito de aperfeiçoar os santos, com amadurecimento espiritual e conhecimento para não sermos levados por qualquer “vento de doutrina”. Com isso, preservamos a unidade da nossa fé. Já li um livro que o título é “Em Seus Passos o Que Faria Jesus?”, e é exatamente isso que Paulo instiga os cristão a buscarem. Ser imitadores de Cristo e, com isso, transmitir a graça.
Antes filhos da ira, agora filhos da luz, precisamos produzir frutos que sejam condizentes com o que cremos. É nessa parte que Paulo trata de comportamentos inconvenientes, como avareza, idolatria, cobiça e impurezas. Mas somos limpos do nosso pecado e passamos a dar frutos da luz, sendo esses: bondade, justiça e verdade.
Ao fim, vemos que nossos relacionamentos, tanto familiares, no trabalho ou na vida social, são guiados pelo princípio do amor de Cristo. Quando transbordamos esse amor, o respeito, a honra, a justiça e a compaixão são consequências e reflexo daquele que está em nós. Toda a armadura que vestimos transmite a verdade.
Tudo isso nos encoraja a seguir na nossa caminhada, estudando, aprendendo e praticando aquilo que lemos na Bíblia. Vemos que as consequências por seguir os passos de Jesus muitas vezes se parece bastante difícil, mas temos a certeza de nossa esperança naquele que veio, nos salvou, que já nos tornou a sua herança, e que a sua graça e a sua paz está conosco sempre.
Rodrigo Leão

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